sexta-feira, 1 de agosto de 2008

La Pasionaria



Dolores Ibarruri("La Pasionaria") ficou famosa com um discurso na Rádio Republicana de Madri, quando estourou a Guerra Civil Espanhola. "É melhor morrer em pé, que viver de joelhos. Eles(os franquistas) não passarão!" Nasceu pobre na região das minas bascas, procurou se libertar dos serviços domésticos por meio de um casamento com o trabalhador das minas, que frequentemente era preso por atividades socialisas. Eleita para o Comitê Central do Partido Comunista da Espanha, em 1930, tornou-se editora do jornal do partido e foi presa. Viajou para Moscou e, na volta, foi aprisionada novamente. Libertou-se, depois de vencer as eleições como deputada, com a vitória da Frente Popular, em 1936. Nos comícios, castigava generais não-comunistas, acusando-os de se divertirem em orgias nos bordéis e apoiou a linha mais dura contra os trotskistas charlatães. O começo de vida pobre, um severo vestido negro e tremendo talento para a oratória lhe deram um apelo moral e romântico aos olhos dos intelectuais de esquerda e da população. Exilou-se na URSS em 1939, onde resistiu às tentativas de mudar o Partido Comunista espanhol para enfrentar as transformações na Espanha de Franco. Considerada uma relíquia histórica, voltou ao país, onde morreu.

NOTA: La Pasionaria é o exemplo da mulher comunista lutadora que não se deixa cair no revisionismo e passa a vida toda em luta, tornando-se verdadeiramente insuperável.

(1895-1985): Conhecida como "La Pasionaria", pseudônimo que adotou ao escrever para o jornal "El Minero Vizcaino", nasceu na Espanha no País Basco, seu nome verdadeiro era Isidora Ibárruri Gómez. Ingressou no Partido Comunista Espanhol em 1920. Em 1930 tornou-se membro do Comitê Central. Foi redatora do jornal Mundo Obrero, órgão do PC Espanhol, no qual dedicou-se às questões femininas. Foi presa pela primeira vez em 1931 e, em seguida em 1933. Com a vitória da Frente Popular foi eleita deputada. É de sua autoria o imortalizado grito de guerra "No Pasaran!", pronunciado após um pronunciamento do General Franco. Após a derrota na guerra civil espanhola refugiou-se na União Soviética. Em maio de 1944, no exílio, tornou-se Secretária Geral do Partido Comunista Espanhol e em 1960 é escolhida Presidente do Partido. Após a morte de Franco, retornou à Espanha tendo sido novamente eleita Deputada.


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